domingo, 3 de junho de 2007

Chávez e a liberdade de expressão

foto: reprodução
Continua o bate boca internacional provocado pelo ato de força do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em cortar os sinais da emissora RCTV, no ar há 53 anos. Chávez tem comprado briga com todo mundo. Agora, até com o Congresso Nacional do Brasil. Esta atitude, arrogante do governante venezuelano obrigou, inclusive, seu amigo Lula a se posicionar a favor do Congresso brasileiro.
Quem está com a razão nesta questão. Chávez que tirou do ar uma emissora que não gosta dele, nem de seu governo? Ou artistas, políticos de todas as partes do mundo, quem vêem riscos à liberdade de expressão e opinião?

Vale a pena ler o artigo do jornalista Antonio Luiz Costa, na revista Carta Capital: "Nem Estado nem mercado", quando ele diz que "ninguém está acima de críticas e é compreensível que seja criticada a decisão de Hugo Chávez de não renovar a concessão da oposicionista Radio Caracas Televisión (RCTV) e transferir seu canal de tevê aberta para uma emissora estatal.
É correto criticar a atitude de Chávez na medida em que deixam de garantir diversidade, equilíbrio e acesso público, e servem para calar críticos indiscriminadamente – como, por exemplo, a disposição que prevê a punição de “desrespeito” ao governo. O presidente já detém o controle do governo federal, da maioria dos estados e municípios, do Legislativo e de boa parte do Judiciário – obtido em eleições livres e por meios legítimos, vale lembrar – e não deveria precisar de meios tão extremos para proteger a legalidade. Mas é errado tratar Chávez como a primeira e única ameaça à liberdade na Venezuela. Ameaça muito maior foi a própria mídia, durante o golpe de 2002".

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