ReproduçãoA Petrobras caminha célere para se tornar uma multinacional do bicombustível. Na próxima semana a estatal brasileira do petróleo receberá executivos da Ente Nazionale Idrocarburi (ENI), multinacional italiana do setor de petróleo. O motivo anunciado desta visita é a transferência de tecnologia de refino de óleos pesados da Petrobras para a ENI, mas, na verdade os italianos querem estabelecer parceria com a Petrobras para instalar usinas de etanol em países da África - Angola e Moçambique.
Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, esta decisão da ENI [maiores conhecimentos na área do bicombustível] pode ajudar a Itália recuperar o tempo perdido na área do biodiesel, "já que outros países avançaram mais, como é o caso da Alemanha”, informou. Costa diz que poderá acontecer parcerias para a implantação de unidades de biodiesel no Brasil e na África, visando à exportação do produto para o mercado italiano. "Dentro de uma visão, num futuro não muito distante, de que o etanol se torne uma commodity, é bastante importante que outros países de clima tropical venham a aderir a esse tipo de programa. Então, podem existir oportunidades tanto na produção de biodiesel como na produção de etanol em países da África”, acrescentou Roberto Costa.O que não pode ocorrer é o Brasil repassar a tecnologia do bicombustível (etanol e biodiesel) sem salvaguardas. Afinal, não existe almoço de graça, como já nos ensinou famoso economista.
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