sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Carbonizados assombram Minas

Os 25 presos que morreram carbonizados na cadeia pública de Ponte Nova, na região da Zona da Mata mineira, deixaram uma marca indelével no governo Aécio Neves. O choque de gestão entre os presos causou o déficit zero na cela 8. A linha verde ficou vermelha de sangue e vergonha. As notícias da imprensa mineira agora irão repercutir pelo mundo a fora. Será que irão defender o indefensável? De forma antecipada, já concluiram que a briga entre presos desafetos dentro da cadeia foi a principal causa da barbárie. Minas virou manchete em vários países com a morte dos 25 presos que estavam amontoados num pequeno espaço de uma cela de apenas 15m². Numa penitenciária este espaço por lei, é de 6m² para cada preso. Este episódio macabro serviu para mostrar a verdadeira situação prisional de Minas. Celas abarrotadas de criminosos que se espremem num pequeno espaço, onde sempre faltam condições humanas e sobram desrespeito por parte do estado com aqueles que estão confinados como verdadeiros animais.
O resultado das investigações devem concluir num pequeno espaço de tempo, que "os mortos foram os culpados, que lá não deveriam estar, pois alí não é lugar para homem de bem, e se lá estavam é porque mereciam morrer carbonizados pelos próprios companheiros de cárcere. Assim fica bom pra todo mundo". A omissão é considerada crime, quando quem deveria ter a responsabilidade do dever de cuidar, não cuidou, mas isto agora pouco importa. Parte da sociedade agora deve estar questionando, que aqueles presos não deveriam nem ter nascidos, porque nasceram? culpa deles! Eles são responsáveis pela violência que nos assusta. Bem feito.
O governo tucano que no período Azeredo ficou marcado pela rebelião da PM que provocou a morte do Cabo Valério, e que ganhou as manchetes da imprensa nacional em 1997. Passados dez anos da quebra de hierarquia da Centenária corporação, ficará novamente marcado pela morte trágica de 25 presos carbonizados numa pequena cela de 15m² em Ponte Nova, Zona da Mata de Minas Gerais. Esta é mais uma bomba que explode no colo dos mineiros. Triste sina.

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