sexta-feira, 20 de abril de 2007

PF diz que telefônica avisou os contraventores

PF quer descobrir como dados da Operação Têmis "vazaram" para atrapalhar investigações

São Paulo - A Polícia Federal pretende descobrir quem teria sido responsável pelo vazamento de informações sobre a Operação Têmis, que busca desarticular, a partir de investigações do Ministério Público Federal e Receita Federal, uma organização criminosa que comprava decisões judiciais para manter o funcionamento de bingos em São Paulo.O vazamento da informação teria “atrapalhado muito” a investigação, segundo o superintendente da PF em São Paulo Geraldo José de Araújo. Ele acredita que um funcionário de uma companhia de telefone, envolvida na investigação, teria propiciado o vazamento para um policial civil, que teria alertado aos lobistas da organização.A operação de hoje (20) da Polícia Federal cumpriu 80 mandados de busca e apreensão contra essa organização criminosa formada por advogados, juízes, desembargadores federais, contadores, donos de bingo e de empresas importadores de máquinas caça-níqueis, um procurador da Fazenda Nacional, uma servidora da Receita Federal, empresários e lobistas.Segundo nota oficial da Polícia Federal, que os investigadores pediram 43 prisões temporárias de todos os investigados, que, entretando, foram recusadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os nomes dos envolvidos na organização criminosa e os valores que teriam sido operados no esquema não foram revelados pela Polícia Federal, já que correm em segredo de justiça. A Polícia Federal revelou somente que cinco magistrados estariam envolvidos com o esquema e que os “valores são altos”.

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