quinta-feira, 10 de maio de 2007

Se a moda pega!

Por mais incrível que pareça, tem gente graúda furtando os jardins públicos de Belo Horizonte. Segundo Cabral, secretário da Centro Sul, senhoras da alta sociedade, dirigindo carrões importados, estão depenando as áreas verdes. E o horário preferido é sempre depois da novela das oito. Pelo jeito, o prazer de furtar as mudas das plantas ornamentais, que embelezam esses espaços, tem sido mais forte do que o medo da violência, de serem assaltadas. Mulheres corajosas. Mas se a moda pega, coitada da cidade, sobretudo nas regiões onde o administradores muitas vezes não estão tão preocupados quanto Cabral com a beleza do verde das áreas públicas. O administrador garantiu que a guarda municipal já foi alertada e a ordem é ser implacável com quem está praticando essse tipo de delito. Independentemente de serem de classe alta, e muitas vezes estarem acima de qualquer suspeita. O secretário já provou que é intolerante com aqueles que não gostam de cumprir as leis, principalmente quando se trata dos mais pobres -basta lembrar que foi ele quem enfrentoua máfia dos toureiros e ambulantes clandestinos que ocupavam as principais ruas centrais de BH. Resta saber se fará o mesmo com os da classe alta. Tem gente apostando nisso.
Segundo auxiliares mais próximos, Fernando Cabral vem tentando cumprir sua função de homem público, da forma que realmente deve ser, ou seja, sem medo, determinado, com coragem até para enfrentar o descontentamento daqueles que sempre se utilizaram das benesses do poder. Seria muito bom para Belo Horizonte se os demais administradores tivessem a mesma coragem para enfrentar inclusive o Poder Judiciário, já que uma obra do Tribunal de Justiça na rua Goiás foi realizada sem a autorização da regional. Fernando Cabral deve servir de paradígma para seus companheiros de administração. O que é público deve respeitado. Este deve ser o exemplo a ser seguido por todos. A população de Belo Horizonte agradece. Sobretudo porque, um dos maiores males deste país (ninguém duvida), é o fato da maioria dos administradores não saberem distinguir entre o público e o privado.

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