terça-feira, 22 de maio de 2007

Silas rodou

foto: josé cruz/ABr
Três dias depois de estourar o escândalo da Operação Navalha, Silas Rondeau não agüentou a pressão e pediu demissão do Ministério das Minas e Energia. O ex-ministro entregou, na tarde desta terça-feira, carta de demissão ao presidente Luís Inácio Lula da Silva [mas notícia só foi confirmada depois que o Jornal Nacional foi pro ar]. Silas é apontado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 100 mil da Construtora Gautama, empresa mãe [segundo a PF] da atual corrupção que atinge aliados e oposição, de assessor a governador e que está deixando os frequentadores de Brasília com os nervos à flor da pele. Vale lembrar que a PF diz ter prontinha uma nova lista com dezenas de corruptos que receberam propina da Gautama.


Íntegra da carta de demissão do ex-ministro:
"Comunico que, na tarde de hoje, entreguei ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República o cargo do Ministro de Estado de Minas e Energia que, honrosa e dedicadamente, exerci por sua confiança.
Cada segundo que dediquei com afinco ao exercício de minhas funções foi pautado por valores éticos, morais e cristãos. Nunca, em momento algum, jamais pratiquei qualquer ato que não fosse orientado pelos princípios essenciais que sempre nortearam a minha vida, com absoluta honestidade e compostura.
Reafirmo minha completa e absoluta inocência em relação às denúncias levantadas contra a minha pessoa, na certeza de que tudo será esclarecido, provando a injustiça e a crueldade das mentiras e insinuações divulgadas a meu respeito que atingiram minha honra.
Minha vida de técnico, trabalhador, de vida modesta, respeitado no setor elétrico que escolhi por profissão e ao qual me dediquei inteiramente, tem sido marcada pela lisura e pela honradez.
Tudo fiz para servir ao governo do Presidente Lula e agradeço a Deus a oportunidade de tê-lo conhecido de perto e com ele trabalhado pela grandeza do Brasil. É com gratidão que a ele me dirijo, lamentando profundamente a ocorrência desses fatos.
Deixo o governo para impedir que o setor energético, fundamental para o desenvolvimento do país, seja prejudicado, e que a imagem do governo seja de algum modo afetada.
Creio em Deus e confio na Justiça.
Silas Rondeau Cavalcante Silva Ministro de Estado de Minas e Energia"

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