sexta-feira, 18 de maio de 2007

Síndrome do grampo

Reprodução

Os espertalhões que estão se locupletando do dinheiro público não aguentam mais ouvir falar em Polícia Federal e grampo telefônico. Têm urticária e comixões, perdem o sono, sofrem de incontinência urinária e tem claustrofobia à luz. Muitos deles chegam a apelar ao Lexotan para controlar a tensão e o pavor de terem suas conversas "confidenciais" divulgadas em rede de televisão.
Para fugir dessas agonias, muitos passaram a investir em especialistas em varreduras de grampos. Gabinetes e escritórios estão sendo varridos literalmente em busca de grampos e outras armadilhas, que possam levar a polícia a descobrir conversas impróprias entre aqueles que só vivem articulando esquemas que envolvam negócios escusos.
A paranóia está levando os artistas das falcatruas a fazerem investimentos em tecnologias que inibam a atuação da PF nas investigações que possam comprometê-los. Só que tem um detalhe: a Polícia Federal vai mandar muito espertalhão pra cadeia. O crime não vencerá a lei. A sociedade brasileira confia no trabalho da PF, mas a justiça tem que ser firme com estes senhores do crime, e deve aplicar-lhes condenações severas para que sirvam de exemplo às futuras gerações.

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